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Me chamo Ana Paula, tenho 32 anos, mais hoje volto no tempo para recordar alguns fatos importantes que marcaram minha vida, nasci no ano de 1981, acredito que não fui um bebê planejado, mais o fato é que fui concebida por meus pais, desde já muito apressada, nasci de sete meses, os médicos disseram a minha mãe que eu não sobreviveria, pois ainda não estava totalmente formada, não tinhas os sílios dos olhos, meus dedos eram muito pequenos e não tinha unhas, minha boca era tão pequena é frágil, que minha mãe espremia o bico do seio para que pudesse me alimentar, cabia dentro de uma caixinha de sapato, o tempo foi passando e fui pegando peço e amadurecendo meu pulmão, até o dia em que tive alta e fui para minha casa, acredito que depois desse fato fui um bebê como qualquer outro, fui crescendo e dizem que era fascinada pelo meu pai, que no entanto me amava demais, ao ponto de exibir todos os dias de manhã um passeio pelo rua onde morava, um toquinho de gente, muito branquinha, olhos castanhos, cabelo loirinho e cheios de caixinhos dourados, o tempo foi passando e meus pais já não viviam tão bem, separaram-se por um tempo, mais logo voltaram a viver juntos. Um tempo depois minha mãe engravidou novamente, era minha irmã que estava a caminho, quando ela nasceu disseram que eu fiquei com muito ciume e não a queria, se passaram algum tempo minha irmã ficou muito doente e novamente os médicos à desenganaram, minha mãe sofreu muito no parto mais novamente não desistiu, e Deus permitiu que tudo corresse bem. O tempo passou e meus pais se separam definitivamente e fomos morar na casa dos meus avós maternos, perdi o contato com meu pai, nem sei a idade que tinha, mais me lembro muito pouco dele, são lembranças que me fazem tão bem, mais ao mesmo tempo traz um vázio enorme. Fui crescendo sem a presença do meu pai na minha vida, a única coisa que me lembro bem é da imagem dele em frente ao barzinho que ele tinha de frente para casa onde moravamos e esse vazio nunca foi preenchido, mais infelizmente meu paizinho faleceu, e nunca mais tive a oportunidade de velo novamente, só lembro exatamente como foi o dia em que ele faleceu, dois homens chegaram em uma kombi branca, perguntando pela minha mãe, para que ela pudesse reconhecer o corpo do meu pai, que havia sido atropelado em uma rodovia de Caxias, não consigo esquecer esse dia, era muito pequena, me marcou demais. Até hoje as vezes acordo com as vozes dos homens perguntando se a minha mãe conhecia meu pai. O tempo passou e meus avós resolveram voltar para a cidade onde sempre moram em São Fidelis, e minha mãe já tinha conhecido outra pessoa, e minha avó pediu para que ela deixasse ela levar eu e minha irmã com ela para Cambiasca, uma cidadecinha de São Fidelis. Meu avô foi primeiro, logo depois meu tio, irmão da minha mãe nós levou, nossa foi muito triste ficar sem a minha mãe por perto, depois fomos nos acostumando com a ausencia dela perto da gente. Meu avô era uma pessoa muito rígida e conservador, nossa regra era escola direto para casa, não tinhamos amizades, não podiamos sair para brincar. Nossa maior alegria era quando meus tios e minha mãe ia nós visitar, pena que era tão pouco tempo, passava tão rápido. Os anos foi passando e continuei a viver da mesma forma. com o sonho de um dia voltar a morar com minha. Mais isso nunca acontecia.